Olho Clínico


quarta-feira, julho 06, 2011
  Palavras da meia-noite

O passado é como uma fotografia velha em movimento. Olhamos, e se nos demorarmos o tempo suficiente conseguimos mais. Conseguimos ouvir, cheirar, sentir o calor dos momentos.

E demoramo-nos no passado, e demoramo-nos no presente. Ah, mas são tão diferentes. O amor não pode ser reciclado, o amor não existe sozinho. Existe o peso no peito, o calor na barriga, aquele desejo de felicidade para quem se gosta. Mas o amor é outro, a cor é outra, o som é outro.

Mas tudo é mais triste para ser menos triste. Tudo é menos livre para ser mais livre. A ingenuidade ficou retida na fotografia, a inocência está lá atrás e não volta porque somos mais rápidos. E o amor é tão diferente. Mais seguro e menos louco, mais táctil e menos sussurrado. E é tão bom assim.

Mas e a loucura? E o sussurro? Como pode haver rasgo se há quotidiano? Como pode haver sofreguidão se não há saudade? É ele que nos move, mais rápido mas menos potente. Menos impulsivo mas mais permanente. Equilibrado e plano. Mas e o pico e a depressão?

O meu peito estranha a superfície, a planície constante com pequenos montes. E se for preciso fugir? E se for preciso enlouquecer?

Que lindo. Que linda.

É o coração que sempre nos guia.
 

O Mundo visto do topo. Do Olimpo.

ARQUIVO
dezembro 2003 / abril 2004 / maio 2004 / julho 2004 / dezembro 2004 / abril 2005 / maio 2006 / agosto 2006 / fevereiro 2008 / março 2008 / maio 2008 / junho 2008 / julho 2008 / agosto 2008 / novembro 2008 / dezembro 2008 / janeiro 2009 / fevereiro 2009 / março 2009 / dezembro 2009 / abril 2010 / julho 2011 /


Powered by Blogger